Finalizados

Pesquisa – “Livros sobre Livros de Cleber Teixeira”, 2020-2022

O projeto “Livros sobre Livros de Cleber Teixeira” propôs uma pesquisa nas áreas de livro, literatura e artes gráficas tendo por objeto o acervo do Instituto Casa Cleber Teixeira, dedicado à preservação do legado da Editora Noa Noa e da biblioteca pessoal do tipógrafo, editor e poeta Cleber Teixeira (1938-2013).
A bibliografia rara e especializada desse acervo é o corpus da pesquisa teórica realizada no campo da arte tipográfica pela artista gráfica e mestre em artes visuais Tina Merz, sobre a intersecção entre o objeto-livro e a escrita pela escritora e mestre em artes visuais Patrícia Galelli, e sobre a pouco difundida poesia autoral de Cleber pelo escritor, editor e mestre em literatura Dennis Radünz. A seção da Biblioteca denominada “Livros sobre livros”, recorte de 500 títulos no universo de cerca de 8 mil livros ainda não catalogados, serve de fonte à pesquisa qualitativa que procura estudar o “gesto editorial” do artista-tipógrafo a partir dos livros que ele escolheu compor e imprimir em “tipos móveis”, dos que escolheu colecionar sobre a História do Livro, e dos poemas que escolheu escrever com o substrato das suas leituras do Trovadorismo, Letrismo e Concretismo.
As pesquisas podem ser acessadas no link: http://www.editoranoanoa.com.br/livros-sobre-livros/

Projeto selecionado pelo Prêmio Elisabete Anderle de Estímulo à Cultura – Edição 2020, executado com recursos do estado de Santa Catarina, por meio da Fundação Catarinense de Cultura.

Projeto de Extensão – “Entre livros, tipos e desenhos: interlocuções da cultura gráfica”, 2018 – 2021

Coordenação: Profa. Dra. Anelise Zimmermann (Departamento de Design, CEART/UDESC)
Colaboradores: André Manfredini de Lima (2018-2021), Arlete de Costa Pereira e Milton Cinelli (2019-2021).
Colaboradores Voluntários: Claudia Christina Merz (2018-2021), Henrique Nardi (2018-2021) e Sara Copetti Klohn (2020-2021).
Bolsistas: Clara Sohn (2020-2021), Eduarda Marques da Rosa (2019), Gabriela Todeschini Lucas (2018-2019), Letícia Schuelter de Lima (2018-2019) e Maria Eduarda Marcelino (2018-2019).

Período de execução: 01/03/2018 a 31/12/2019 e 01/03/2020 a 31/01/2022

O Programa de extensão Entre Livros, Tipos e Desenho: interlocuções da cultura gráfica tem como objetivo promover atividades interdisciplinares que envolvam os Livros, a Tipografia e o Desenho como expressão cultural, comunicacional e artística no cenário catarinense, e interlocução com outros cenários, integrando a universidade, professores, pesquisadores, técnicos e alunos à comunidade, instituições parceiras, a partir de ações promovidas.

O programa se insere dentro do campo das Ciências Sociais Aplicadas e Artes, envolvendo as áreas de Design, Artes Visuais, Educação e Literatura, tendo como áreas temáticas a Educação e a Cultura. O programa propõe promover o diálogo entre essas áreas, expandindo esse diálogo para além da universidade por meio das ações propostas. É nesse aspecto que o Programa estabelece uma parceria com o Instituto Casa Cleber Teixeira – Acervo da Editora Noa Noa e a Biblioteca Cleber Teixeira, espaços abertos à comunidade na troca de conhecimentos teóricos e práticos relacionados à cultura gráfica. Assim, as ações promovidas por meio dessa parceria visam fomentar o acesso esses locais e expandir suas atividades junto à comunidade com a mediação das ações do Programa.

Em sua primeira edição (01/03/2018 a 31/12/2019) o Programa foi responsável por diversas ações como Palestras, Mesas-Redondas, Exposição e Oficinas, as quais podem ser conferidas no site do programa: https://www.udesc.br/ceart/culturagrafica/.

Em sua segunda edição (01/03/2020 a 31/01/2022), em função da pandemia do Covid-19, as ações do Programa foram adaptadas para a versão online, com a estruturação de um site exclusivo do Programa, o qual comportasse o compartilhamento de conteúdos. Também foram reestruturadas suas redes sociais e site do Instituto Casa Cleber Teixeira, instituição parceira do Programa.

Exposição – “Editora Noa Noa e Cleber Teixeira – Poeta, Cavaleiro sem Cavalo e Tipógrafo”, 2018

Exposição realizada no Museu Histórico de Santa Catarina, entre os dias 20 de setembro e 21 de outubro de 2018, organizada pelo Programa de Extensão “Entre Livros, Tipos e Desenhos: interlocuções da cultura gráfica”, em parceria com o Acervo da Editora Noa Noa e a Biblioteca Cleber Teixeira.

Na mostra constam exemplares dos livros editados por Cleber Teixeira, objetos, fotos, experiências gráficas, caixas de tipos, clichês e uma prensa tipográfica original que ele utilizava. Além da exposição, a programação do evento incluiu uma visita mediada, onde foi possível ter acesso, e folhear todos os livros presentes na exposição; exibição do documentário “Só tenho um norte” e conversa com Demétrio Panarotto, exibição do documentário “Cleber e a Máquina” e conversa com Rosana Cacciatore e convidados; mesa com depoimentos, relatos de Ilka Boaventura Leite, Regina Melim, Walter Costa e Ylmar Corrêa Neto.

Correspondência e Fotografias

Com recursos provenientes do Prêmio Elisabete Anderle 2014, da Fundação Catarinense de Cultura, foi desenvolvido o projeto de resgate da correspondência e das fotografias de Cleber Teixeira. As cartas por ele recebidas foram identificadas, higienizadas e organizadas em arquivos (físico e digital), a partir de quatro categorias de remetentes: pessoas diretamente vinculadas à produção da Editoraintelectuaisamigos e familiares e livreiros e pessoas interessadas na distribuição e aquisição das obras.

O acervo resultante desta correspondência constitui-se em importante fonte de pesquisa sobre a história da Editora Noa Noa e das relações profissionais e pessoais de Cleber Teixeira. O arquivo das fotografias encontradas no espaço da editora, foi organizado a partir das seguintes categorias: família originalinfância e juventudetempo carioca e tempo catarinense. Não fazem parte deste arquivo, as fotografias sem vinculação direta com a atividade profissional, ou que registram a vida familiar e pessoal a partir de 1977, quando se transferiu para Florianópolis.

Documentário – “Cleber e a Máquina”, 2013

O tipógrafo-editor e poeta Cleber Texeira aceita o desafio de recuperar uma impressora tipográfica fabricada no século XIX que permaneceu em silêncio cerca de 40 anos. Este acontecimento e os depoimentos de pessoas com que Cleber compartilhou a vida e o trabalho constroem uma narrativa que permite o desvendamento do mundo do artista. Com depoimentos, entre outros, de Augusto de Campos, Raul Antelo, Vitor Ramil.

Ficha Técnica
Direção e roteiro: Rosana Cacciatore
Produção: Marina Moros
Imagens e sons: Rafael Mamognian e Rosana Cacciatore
Entrevistas: Fernando Scheibe
Montagem: Norberto Depizzolatti e Rosana Cacciatore
Artes Gráficas: Marina Moros .

Documentário – “só tenho um norte”, 2007

Documentário filmado em dezembro de 2006 na oficina da editora Noa Noa,em Florianópolis, com direção de Alexandre Veras, Demétrio Panarotto, Júlia Studart e Manoel Ricardo de Lima. Lançado em 2007 no CIC-Florianópolis e na Biblioteca Alceu Amoroso Lima, SP. Depois o filme circulou de forma livre em várias cidades, lugares e instituições. Duração: 52 min.

“O documentário foi uma ideia da Júlia Studart e minha que, à época, quando morávamos em Florianópolis, admiradores do trabalho do Cleber Teixeira como impressor e editor, fazíamos algumas visitas a ele para um café sempre com uma boa e rara conversa. A partir daí, dessas visitas e conversas, resolvemos montar um pequeno roteiro-livre e convidar os amigos Alexandre Veras e Demétrio Panarotto para realizar o filme. A importância de Cleber Teixeira para o trabalho com o livro e com o poema no Brasil é singular, desde as edições de Mallarmé, Gertrude Stein, Gerard Manley Hopkins ou Emily Dickinson com traduções de Augusto de Campos entre tantas outras coisas de poesia, gravura etc. Cleber faleceu em 2013 e nos deixou algumas lições muito preciosas de aprendizagem acerca da delicadeza e do afeto ao livro, aos amigos, com o mundo e com a vida. Um inventor de circunstâncias, sem pressa, sem estratégias de inserção no mercado e cumprindo um movimento contrário à toda burocratização do amanhã.”